demorar na estaçao de rossio durante um tempo | estou lendo Clarice, que tenta de manera detalhada, de nao estar. espero um pouco a hora do cigarro para talvez començar a dançar depois. eu tambem, atravesso um pouco uma materia e é um pouco como se estava mais inteligente de nao estar essa materia, claro que nao é a pergunta de estar mais inteligente ! mas o corpo nao faz ou entao ha um lugar onde ela nao esta permitida essa materia… um lugar onde basta de latência, espero de dançar, se calhar vou dançar. estou a dançar de rodeios, nao sei se se diz isso em português… agora que dentro de demorar, deixei para um momento desaparecer um pouco as escrituras tragicas, essa esculptura interior que se manifesta tao forte e cujo hoje so sento os ossos da sua sensaçao. – ou fazer o esforço de sentir ? isso, desconfio, nao sei… – os ossos da sensaçao, é um pouco a impressao que nada mudou, que tudo esta ainda a atravessar. ainda que nao posso falar inteiramente agora que conheço melhor ele-que-demora-ha-mais-tempo-que-eu-na-estaçao-com-sua-blusa-vermelha-e-branca. nao é inteiro, nada é inteiro, todos os pedaços se escapam uns dos outros e jà a unica dança que se imagina esta incompreensivel. em cima da ponte mais proxima dos elevadores, um canal muito forte alimentado dos ventos atravessa as linhas paralelas ao chao, da terra ao ceu. se calhar, cuando um lugar esta tao percorrido de densidades transitorias, a massa de ar em cima falta de respiraçao, fica um pouco suspensa, nas ferias do viagem.
–-------
talvez nao espero até cinco da tarde para ir dançar, e paro de esperar de accreditar ou de nao accreditar. mas tambem é agradavel de sentir a condiçao do corpo, o corpo que se condiciona. em algum lugar é um ancoragem mesmo que ele nao existe, um ancoragem que esta satisfeito dum miragem. por ejemplo, olhar para essa linha que vai da mesa do cafe até a janela no fundo, detalhar a chamada do olhar como se o lugar chamava o trabalho, fogo…(isso é agraçado : agraçado, é que nao ha muita gente a atravessar essa ponte, porque ela esta localizada em desfazamento em relaçao com saidas e entradas, chegadas e partidas. isso é agraçado, mas nao tem nada a ver com se basta o nao de escrever isto, de pensar isto ou outras coisas.)

instalar uma dança------–
como se arruma um quarto------------------------
cuando o corpo se pendurou um pouco entre o vazio e a ponte, para tras, senti que todo se abria do sexo ate o plexo solar numa vulnerabilidade muito forte. me guardei muito dizendo « acontece e vai pasar ». no espaço publico, a sensaçao esta bem clara de cual é o compartilho que se cria. varias vezes, a policia esta ça agora, mas se o contorno das vertebras mantém-se, mesmo que irradia, a policia nao vai dizer « é prohibido dançar aqui ». se ja o corpo se desculpa de vir dançar ça, ou se o corpo pede de revendicar ou se o corpo quere dizer o que nao esta bom, pode ser que vao ocorrer mau e nao continuar.
–-------------- accredito que ha encontros que criam geografias, como esse linha de vazio entre a plataforma e a ponte, que é uma geografia singular no lugar da estaçao e que se o corpo se deixo derivar nessa geografia, o espaço publico e o espaço privado podem conversar sem obrigaçao das etiquetas do que eles sao e da pancarta « vou criar um espaço privado no espaço publico, isso é muito politico ».

(les particules de lumière sont toutes suspendues dans le printemps.le cœur bat comme les ailes d’un oiseau.si on apprend à vivre, vit-on moins ?) dans la fenêtre, ces choses métalliques sur les toits brillent avec le soleil. je suis le cours du soleil en forme de carré de lumière dans la gare. ce n’est pas imperméable ni linéaire. c’est un cours du temps. en cherchant ce qui arrive, on peut être sur de trouver ce qu’on n’arrive pas. le corps se désagrégeait dans les particules de lumière. comment cela encore sans être avec impossible, impossibilité ? où sont les jambes encore ?!
maintenant il faut prendre un train

on a la joie et la tristesse de vivre pourtant quand la joie et la tristesse passe seulement au bord du fond des yeux, il y a quelque-chose encore que ni la joie ni la tristesse ne disaient. C’est juste un bord de, en passant. les zones de perditions sont fraîches et impensables. ça entre dans l’inconnu. ici, près du mur, l’ouverture bouge avec moi qui bouge.

je suis à la table du café sans me mordre. ma jambe gauche encore n’existe presque pas pour que les autres parties du corps s’éclipsent comme parties du monde.
mais je ne disparais pas. la main droite écrit et la main gauche tient le cahier. le cahier bleu, la tasse de café est devant le cahier bleu ou à gauche du cahier bleu. c’est quoi entre écouter et faire, faire et écouter ?

mes dents sont seules dans ma bouche, enracinées à l’endroit et à l’envers.
je ne sais pas quoi boire du café encore un peu, ni à quoi me dédier et le nom de la danse vient, presque caché. et tous les noms viennent un par un sur le plateau de la scène.
si on joue un peu, ce n’est pas parce qu’on croit que c’est vrai.